terça-feira, 30 de março de 2010

Os Maus Poetas

Juntem-se a eles, meus ditos malditos,
Sumam no meio desses maus-poetas
Que riem na rua em seus rudes ritos
Zombando em êxtase dos estetas.

Tornem-se discursos subjetivos,
Morram de excessos e falta de voz,
Nascam de novo, meus versos, sem crivo,
Como o rei dionísio de todos nós.

Entrem nas veias desses maus poetas,
E de seus poemas tornem-se ecos.
Semeiem sintáxes analfabetas.

Esqueçam a lâmina e os termos secos
Da minha triste linguagem dileta
E vão dançar samba pelos botecos.

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