quinta-feira, 25 de março de 2010

Londrinense



Uma fumaça fez ele chorar na gravata
Não o fog londrino
(Noite úmida e invaginada
Em cujas reentrâncias tudo termina em reticências)
Não o fog londrino industrial

É que em Londrina não há fog
Há o ar respirável das ruas planejadas
Os vãos largos
Da cidade otimista
Conglomerados de nada
Pontos de exclamação.

A fumaça que o faz chorar é o refogado da empregada.
Cheiro melhor do mundo,
Característico de sua mãe italiana.

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