sábado, 17 de abril de 2010

Soneto Do Amor Entre Mulheres















Permita-se este canto impertinente
De um poeta em estado de desvario,
Deslumbrado ao ver este duplo cio
Que no amor só entre moças há presente.

É este amor íntimo que elogio
Eu, que, sem conhecê-lo, julgo urgente
O pouso da mão impúbere e quente:
Onde é suposto um falo acha um vazio.

Tortura-me a completa ignorância
Do gosto que há num beijo feminino
Que eu sempre iria destruir na ânsia
De ali incluir minha barba, libertino.

Razão de eterna intriga é a substância
Do amor entre mulheres, pra um menino.

Nenhum comentário:

Postar um comentário