Ouvi um rumor na escada.
Mas se aqui não tem escada...
Que porão é esse
Que me acaba de nascer?
Que é do cimento?
Da crosta, do manto, do núcleo...
Ouvi um rumor na escada.
Será, quem sabe,
Um rumor que vêm de um sótão
-Também inédito-
Que tomou o lugar do céu?
Será Deus fazendo algazarra?
Será...
Rumor na escada!
Coisas existenciais.
Existências.
Subjetivismo de poeta lírico desdobrando-se em degraus feito certos livros infantis...
E, ainda mais,
Degraus que rangem,
Que polifônam,
Que polifornicam,
Tinta mais preta e fresca.
Signo do desconhecido
Nessa vida térrea.
Pretensamente térrea.
Rumornascada.
Até onde vai
O descaso dos governantes
Com a malha metroviária?
E com os trajetos das aeronaves?
Nhec.
Serial Killer?
Ancestral que retorna?
Gato emparedado?
O próprio -salve!- Poe?
Nada!
Nada!
Nada!
Peça
Pregada...
Ouviste um humour na escada.
terça-feira, 16 de março de 2010
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